sexta-feira, 15 de junho de 2012

                      Homendigo se explica
ao bêbado:

"meu trabalho não é feito pro técnico
(o que armazena as palavras,
enfeita suas frases
e reduz seus ouvintes
e seleciona leitores
de acordo com o intelecto);
meu trabalho não é feito pro empresário
(o que sonega os impostos
e explora o empregado -
que compra um carro
e tv de plasma
e se põe satisfeito);
meu trabalho não é feito pro chefe
(o que se faz autoridade
falando alto
e quando chega na rua
vira a cara pro chão
pois passou a ser ´mais um`;
meu trabalho é feito
para os que precisam se rebelar.
é feito contra a desinformação.
portanto, se por aí se encaixarem,
podem levar.
não precisam pagar.
vamos trocar."

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010


só mais um sorriso
a ser colecionado
na pasta dos sonhos
(empoeirada e esquecida
numa prateleira
do mofado armário
da minha cabeça);

só mais um desejo
que entrego em silêncio
aos seus olhos atentos,
aos meus olhos atentos,
aos seus gestos
sutis ao extremo:
pura tranquilidade.

só mais uma vez
prometo escrever poemas
após te encontrar.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


Construção de mundos abstratos
Interferindo na realidade
Que se quer concreta
Mas sempre esbarra
Nas noções de certo e errado;

Abstração de mundos construídos
Realizando a interferência
Concretamente desejada,
Esbarrando por séculos
Nos erros e acertos das visões;

Mundialização de construções abstratas
Interferida pela real
Vontade do concretismo,
Querendo tropeços
Para acabar com os acertos das erradas noções.


Quem me incomodou
Agora me embala o sono;
Adormecido o espírito
A canção se intensifica.

Netuno mergulha no aquário
Com a luz fulgurante que embala seu peso
E se vê com o rosto sereno
De quem não madrugou outra vez.

Um sorriso empalideceu a lembrança
Dos momentos insubstituíveis.
As atitudes comprovam lá fora
Que o meu mundo não é mais tranqüilo

E que o meu medo é a origem de tudo
O que eu não posso deixar dominar
E que um sonho é muito melhor
Que a triste realidade do amar.


Ela quer um livro
Sem decadências,
Ela quer um livro
Sem as falências
Que o coração impõe.

Ela quer nadar num rio
Sem displicências,
Como se existissem
Algumas regras
Para não haver afogamento.

Ela quer que o frio
Não gele o corpo,
Não gele a mente;
Ela quer estar
Sempre consciente.

Este, então,
É um dos mais belos presentes
Que eu, o sempre descrente,
Tenho a lhe oferecer
Eternamente:

Um livro de amor
( Presente ou ausente ),
Mais precisamente
O amor em versos
Dementes.


plante a planta
que ela em resposta
seus males espanta

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


Quantos verbos viverão apenas no dicionário,
Mortos que foram pelas modernas formas
De comunicação?

Quantas plantas foram roubadas
E substituídas por sintéticos
Para fazer a fortuna dos laboratórios?

São nossas ervas naturais sendo substituídas por óleo,
São nossas vidas sendo transformadas num atraso.
No caminhar da carruagem
A pedra no sapato somos nós.
Para nos manter vivos (como escravos)
É só dar um aparelho de TV a cada um
E fazer com que ele se sinta bem
Em algum “cantinho”da sociedade,
Com que o outro entenda isso
E com que eu consuma cada vez mais
A porra dos enlatados
Que já me rasgam o cérebro
Trazendo à minha companhia
Um tétano de ocasião.

Quantos não querem sair mesmo
E um “é isso aí, é isso mesmo...”
Já os faz se sentirem bem?

Quantas prisões já foram efetuadas
Em nome das leis que não foram por nós assinadas
E as quais temos que respeitar de boca fechada?

segunda-feira, 19 de abril de 2010


separou do vômito os sólidos e os líquidos
em cantos distintos da embrulhada cabeça,
depois omitiu ao espelho que a tarde sombria
padeceria sem chance de salvação;

a vontade era extirpar rins e fígado
dos anjos voadores e mentirosos
e arrebentar todos os nexos
da ambígua deserção do mundo,

mas o dia raiou e o sonho chegou,
pesadelo levado nas águas da torneira
pra algum fundo de esgoto
que um dia foi rio também.

quinta-feira, 8 de abril de 2010


era difícil ficar um dia sem vomitar. era a sua limpeza espiritual, a forma que encontrou para resistir aos ataques insanos do dia a dia.
um belo dia vomitou em cima de seu "chefe" e pensou que voltaria a viver uma vida feliz.
saiu pelas ruas a gritar que já não mais precisaria usar tal forma de expressão, a golfada.
não viu o caminhão que carregava centenas de galinhas pro aviário e vinha em sua direção.
alguns ovos caíram dos solavancos da scania bem em cima da sua cabeça e banhado em clara e gema e cascas ele sentou no meio fio, acendeu um cigarro e ficou olhando para as pessoas que admiravam seu estado deplorável.
apagou o cigarro e vomitou.

segunda-feira, 5 de abril de 2010


era assim que se vendia pelas ruas:
se achava melhor
e mais sabido;

o caminhão de entregas tombou
sobre seu mundo,
morreu afogado
no vinho.

os passantes olhavam
e tentavam reconstruir
o seu rosto amassado,
a face rasgada
pelos cacos de vidro;

durante algum tempo
ainda lembraram
de tal educação exemplar,
mas depois foi esquecido
como mais um do mangueio
que não foi muito à frente...

segunda-feira, 22 de março de 2010


lá vem o cara
mexendo com as tempestades
arriscando a chuva
e o vento
por um punhado
de verde


já não há estilos
que possam me barrar
que possam me travar
que congelem meus dedos
que impeçam o instinto
ou o grito

sexta-feira, 19 de março de 2010


música, ahhhhh, música....

domingo, 21 de fevereiro de 2010


uma vez me disseram
que das verdades
nada se deve tirar:

levei a sério.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


um milhão de perguntas
e a única que me interessa é:
quem apodrece mais rápido,
o planeta ou o poeta?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010


horas brincam desordenadas
num rigor rotineiro.
dói a coluna de um sentar
na terça parte de um dia.
vontades empurram o desejo
de fim de controle.

dinheiro vivo escorre pelo ralo
durante toda a noite,
os ratos carregam
pra lá e pra cá
mil notas coloridas
sem valor algum,

enquanto horas tornam-se meses
e a pacientemente aguardada
tal liberdade
obscurece os sentidos
por uma busca
que se sabe sem frutos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

"Extinção" - Fred Einaudi
(óleo sobre tela)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


Criei um mundo onde nenhuma teoria científica

Pode se apoiar.
Saltei da dimensão do sim e do não
Para a do talvez.
Eletrocutei com minha energia negativa
Meu próprio mau-humor.
Surpreendi meus olhos caindo em cima
De uma flor de verdade,
O que me fez esquecer
O plástico...

Carne e sangue não podem mais ser
O meu alimento vital.
Vertigens se negam a dançar por sobre
Meus minutos de êxtase despertados.
Cruz que já fez parte dos meus quadros
Já não faz parte dos meus mistérios.
Sou um novo homem, da humanidade
Faço parte,
O que me faz acender
O humor sarcástico...

Sabão poderia limpar minha boca
Se o que eu dissesse fosse imundície.
Soro hidrataria minhas idéias
Conservadas no formol da vida.
Sintéticos aguçariam o meu desejo,
Mas só desejo o natural.
Deixe que eu me cale
Até que consigam colonizar Marte,
(talvez o mundo ainda esteja a perecer)
E o progresso venha a se tornar mais cáustico...

Criei um mundo para mostrar a muitos,
A poucos,
Ou quem sabe a ninguém...

Criei submundos para sonhar com loucos,
Roucos,
Ou quem sabe com alguns reféns...

domingo, 29 de novembro de 2009


PORTA FECHADA

A cor da minha natureza brilhando
Na constante presença do que seria,
Em palavras captadas e amarradas
Em versos da tarde que não mais viria.

Apresentações e explicações para justificar
O que os momentos transformam em doenças,
Em sua inocência abusada por gênios da vida,
Em suas andanças pelos caminhos das crenças.

Nada mais que um ex-ser de um mundo inútil
Fotografando e guardando as fotos na pasta de caos,
Organizada nos duros anos de aurora cega e fraca,
Distante e ainda murada pelos rostos maus.

Verdade quase mentira quase talvez quase só
Matutando pelas minhas ambições do agora,
Quase desesperado quase desvinculado de vez
Das poucas vezes felizes contadas de hora em hora.

A cor da natureza apagando meus restos sombreados,
Um mero desejo dividido em míseras gotas de uma agradável incongruência,
Tirando da pobre cabeça a ilusão de medo e terror,
Já que medo e terror são sentimentos de juvenil excelência.



PEQUENA


É chegada a imemorial e nova hora, infelizmente preciso ir embora, não tenho mais dinheiro para a passagem, você me ajudou a gastar, vai ajudar a recuperar, e não me venha com suas filosofias intrigantes, que é fácil pensar nisso agora que se tem a certeza do conforto da casa, vamos lá, vamos agir, ao dizer isso deu o último tapa, guardou a ponta no cemitério e algemou sua mão esquerda à mão direita da pequena samambaia, apelido dos cabelos, pequena bela, apelido do corpo, pequena geniazinha, apelido adquirido através das idéias trocadas com os professores que só queriam desfrutar de sua deliciosa região glútea.

O dia estava quente, o céu era mar, o mar refletia o céu, pontos de sangue em forma de salva-vidas ajudavam os prováveis afogados se fosse noite, não pelas ondas, que são mais brandas neste período, mas pelos bêbados realmente não saberem nadar, não terem reflexo suficiente para nada(R).

Quando você me soltar vou te explanar pra todo mundo, conheço formas de te difamar tanto que seu cheiro se aproximando já vai ser motivo de dispersão para quem estiver numa errada, choramingou a pequena, obrigada a ficar em pé, no sol, algemada a um louco, se é que loucos têm um semblante tão sereno e observam a paisagem pintada de ouro de um lindo fim-de-semana com um perfil tão constante.

Gostaria de fumar outro aqui com você, disse ele, Tá maluco, cara, vamos rodar, me seqüestra e ainda quer me colocar na merda, Fica quieta, você sabe muito bem que não pode ir embora, na verdade VOCÊ seqüestrou meu coração e quer minha vida como resgate, isso eu não aceito, e dito isso soltou a algema e saiu andando, a pequena ficou parada até que ele se tornou um ponto tão distante que seu cheiro já não seria suficiente para deixar ligado nem um cão com o mais apurado faro, e então ela correu, correu, a calçada aumentava de comprimento e largura a cada salto, caixa de fósforos, caixa de sapatos, caixa de televisão, de geladeira, caçamba de caminhão, campinho de várzea, Gávea, Mineirão, Maracanã, Rio de Janeiro, Brasil, América do Sul, planeta(dor) Terra, todo o universo quadrado, retangular, parecia que jamais o alcançaria, relativismo não serve para nada numa hora dessas, talvez ela tentasse ser a mais objetiva possível, te amo, por favor, volte, tenho medo do escuro, de fantasmas, de eclipse, medo de estar sem você.


sexta-feira, 13 de novembro de 2009


ROLO COMPRESSOR

Sigo comigo
Decifrando tuas pequenas tensões
E tua serenidade
Que por detrás dos olhos
Esconde uma nova dúvida em mim.

Deixando compensar o atrevimento
Que vejo distorcendo os fatos,
Quase invoco,
Vou ao subsolo,
Compreendendo assim toda a luz.

Sobre o hoje, deixa pra lá...
Deixa estar, como no filme
Onde o bandido vence
E o mocinho é estraçalhado
Por um rolo compressor.

(Planetador em Pedaços - 02/2001)


sexta-feira, 6 de novembro de 2009


Contextos Surrealistas

Não ao Tempo


não foi contado no relógio. o tempo nem ao menos foi contado mentalmente. não foi contado. não foi cantado. esquecido no mormaço da tarde a encaminhar-se para o fim daquilo que muito chamariam de tormento. já nem era mais o que teoricamente se conhece como sendo o tempo. e já não importava. talvez jamais tivesse importado.quem sabe o que se poderia esperar do extirpar do dicionário tal palavra? não se faziam perguntas, eu as fazia, somente eu em busca do que todos haviam abandonado sem perceber, sem conceber consequências, entornando mistérios... um resto do maravilhoso encantamento de um mundo que já não mais seria o mesmo. realmente sobreviveríamos nós, eu e você nas manhãs?
eu contava os segundos em cada passo que dava com meus pés elétricos nas calçadas amplas das avenidas do centro urbano e eles - os segundos - eram apenas a matéria com que eu tornava as coisas importantes. sessenta era o meu número preferido e jogava ele e seu inverso em todos os meus jogos de azar. estive eufórico algumas vezes, quando apontei quase uma quadra, numa fantasia de casa afastada com nada faltando, com meus pés de ervas a crescerem desordenadamente escondidos no meio da plantação de tudo o que o clima aceitasse. sei do relógio morto agora que me perdi nesta imensidão daquilo a que chamavam tempo. você pode guardá-lo nos olhos, no horizonte rachado dos meus intestinos rasgados.
agora o que eu faço é um vômito bem cuidado nas vestes daquelas senhoras cheias de dengos e afagos nos míseros doentes. eu que esperava o indescritível, utilizo o poema e destroço em versos os estupefaciantes remédios que sobraram na memória. teimo em constatar o que não traz certeza, só pelo prazer de ouvir o contrário de outrem. mas neste momento já não se ouvem vozes, sou surdo e ouço.
ouço o tremor dos restos das casas, levados pela enxurrada de martírios rasgados. e, verdade seja dita, é um som que em alguns sonhos estiveram presentes. só não lembro de ter acordado aos risos ou aos prantos.
não sei contar histórias longas. agora isso não tem importância, não vejo graça na hersia dos meus inimigos, todos estão mortos. ou quem sabe onde estarão? não os vi nem os vejo mais. simplesmente deixei de encontrá-los, nossas estradas não mais se cruzaram. estou desesperançoso, será isto uma fatalidade destes meus novos registros? como não sei contar histórias longas, terei de resumir todos os ocorridos, sob pena de não ser compreendido. bem certo é que nem eu mesmo captarei minhas frases e as transformarei em estruturas menos complexas. enfim...
nem foi contado no relógio. nem mesmo foi contado mentalmente. simplesmente desapareceu. nós buscamos seus restos, precisávamos de ajuda, onde estão todos agora? eu e você, quem somos? o que vamos tirar, de onde vamos recomeçar? dormentes, sinto que estamos dormentes. como se estivéssemos entorpecidos. temos ainda muito a caminhar, estradas fora destes mapas que já não compreendo mais, nem com suas explicações mais claras. é só desenho.
também sou fraco nas histórias curtas. rápidas demais, mas o que eu posso fazer? não sei mais o que é rápido ou lento. perdi o referencial principal, sei lá por qual esgoto se foi. e se só nos restamos a nós, precisamos alterar o universo e girá-lo até que se torne real outra vez. saudades demais de coisas que não me vem em forma de polígonos fechados ou círculos e quadriláteros trancados em si mesmos. saudades demais de cada vez mais coisas de menos. que a saudade morra!
somos nós os construtores deste novo agora. somos nós, eu e você. vamos esquecer aquele ontem tortuoso de até duas movimentações do sol. minha nova forma de caminhar, no sol ou na lua. pelo brilho caminhar, a luz é a natural. o tempo se foi, a bandeira hasteada é a do nosso corpo, da nossa mente.
espero nada. não vou mais esperar. vou inspirar, vou mergulhar. simplesmente o tempo desapareceu e eu que não esperava e nem divagava e nem filosofava sobrei aqui para viver e divagar e filosofar, sem esperar. sem nada esperar. ficava com cãimbras quando esperava demais. não mais.
novos nomes, novas concepções, novas teorias. novas mortas técnicas não mais serão necessárias. não há tempo, somos eu e você. sem tempo, sem ontem, hoje, amanhã. sem o conceito.
o ângulo reto, a casa sem teto, a montanha agora tem uma curva que não se aguardava com tamanha ternura, a posse do poema obscuro que sangra amnésias de expressões mastigadas, cascas ao solo.
é o que está por vir. dentro da minha cabeça e do meu coração. esta é a vontade.
a recriação da criatividade. o processo de retorno ao radinho de pilha jogado no rio.
o desejo interno. as bolhas nos pés.
não ao tempo.


quarta-feira, 28 de outubro de 2009


Ramon Aguirre
aguirreartesvisuais@yahoo.com.br

quinta-feira, 8 de outubro de 2009


mergulhou de cabeça nas farsas

e concluiu, incerto,
que as verdades
não existiam também;

calou-se e atrasou o relógio
mais de vinte e quatro horas
pra esquecer o tal dia
no qual a morte o beijou.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009


por Ramon Aguirre
aguirreartesvisuais@yahoo.com.br


até onde se entende
até ontem se entendia
até tarde da noite
a espera que pulsou
a espera pulsando
as horas correndo
ao encontro do que
nem se sabia existir

ainda hoje se entende
o canalha
o viciado
perdido
lacaio do sistema
o mendigo
pedinte
de sempre

amanhã será o desafio
do entendimento
de pelo menos o seu ser
aquele que o conduz
entre estes bilhões de seres
entre estas montanhas sonhadas
entre estes ventos
que resfriam seu corpo.


neste momento não quer entender de métrica

mas quer clareza nas idéias
para que mesmo sem ritmo
não se possa dizer
não poema.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009


por Ramon Aguirre
aguirreartesvisuais@yahoo.com.br

por Ramon Aguirre
(aguirreartesvisuais@yahoo.com.br)

por Ramon Aguirre
aguirreartesvisuais@yahoo.com.br

da eternidade que se espera,

dos anos que correm aflitos,
a memória escondida
rejeita as cores;

do momento que se esvai,
do instante que se perde,
a memória fatalista
exagera amores;

e as flores que renascem
em cada primavera
instigam aquele obscuro
e severo desejo de espera

e as dores que caem
dos olhos da fera
alteram em nada
a rota da terra.

segunda-feira, 16 de julho de 2007


primeirovômitoparaesteblog


""idososegestantesnãoconseguemviajarsentadosnoscoletivos
dazonaNdorj.osempresáriosconseguiramcolocarpovocon
trapovo,éimpressionante.nãoexistemmaisosassentospróxi
mosaomotorista,ondepessoasemsituaçãomaisdelicadafica
vam.quandoexistem,sãoocupadosporqualquerum,poisovale
idosoobrigaocoroaapassarpelaroleta,ouseja,ninguémémais
obrigadoacederolugar."seacabaramcomosassentosdosvelhos,
oqueeupossofazer?tambémtrabalhopra#@%@&*!! e tenho
direitodeviajarsentada,ué!....",reclamaamaria,sentadadomeu
ladoepraticamentemeempurrandoparaforadoassento,eeucom
opéquebrado...""


RelatodeEdelsindoJoséJunqueira,cidadãobrasileiro,pintor,
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