sexta-feira, 11 de setembro de 2009


da eternidade que se espera,

dos anos que correm aflitos,
a memória escondida
rejeita as cores;

do momento que se esvai,
do instante que se perde,
a memória fatalista
exagera amores;

e as flores que renascem
em cada primavera
instigam aquele obscuro
e severo desejo de espera

e as dores que caem
dos olhos da fera
alteram em nada
a rota da terra.

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