horas brincam desordenadas
num rigor rotineiro.
dói a coluna de um sentar
na terça parte de um dia.
vontades empurram o desejo
de fim de controle.
dinheiro vivo escorre pelo ralo
durante toda a noite,
os ratos carregam
pra lá e pra cá
mil notas coloridas
sem valor algum,
enquanto horas tornam-se meses
e a pacientemente aguardada
tal liberdade
obscurece os sentidos
por uma busca
que se sabe sem frutos.
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