Criei um mundo onde nenhuma teoria científica
Pode se apoiar.
Saltei da dimensão do sim e do não
Para a do talvez.
Eletrocutei com minha energia negativa
Meu próprio mau-humor.
Surpreendi meus olhos caindo em cima
De uma flor de verdade,
O que me fez esquecer
O plástico...
Carne e sangue não podem mais ser
O meu alimento vital.
Vertigens se negam a dançar por sobre
Meus minutos de êxtase despertados.
Cruz que já fez parte dos meus quadros
Já não faz parte dos meus mistérios.
Sou um novo homem, da humanidade
Faço parte,
O que me faz acender
O humor sarcástico...
Sabão poderia limpar minha boca
Se o que eu dissesse fosse imundície.
Soro hidrataria minhas idéias
Conservadas no formol da vida.
Sintéticos aguçariam o meu desejo,
Mas só desejo o natural.
Deixe que eu me cale
Até que consigam colonizar Marte,
(talvez o mundo ainda esteja a perecer)
E o progresso venha a se tornar mais cáustico...
Criei um mundo para mostrar a muitos,
A poucos,
Ou quem sabe a ninguém...
Criei submundos para sonhar com loucos,
Roucos,
Ou quem sabe com alguns reféns...
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